Presentes das crianças
Estar perto de crianças pode ser um convite imenso para a prática, para nos ligarmos ao mais profundo em nós.
As crianças lembram-nos de quem éramos, a nossa inocência, beleza, abertura, desejos e sonhos. Podem levar-nos para o nosso passado apenas para ir buscar o que é permanente e vivo agora. Também podem desencadear medos e traumas e traze-los à superfície, e que oportunidade fantástica para os reconhecer e abraça-los verdadeiramente. De qualquer maneira, somos presenteados com a ligação à nossa linha do tempo.
Vermo-nos como crianças, e ir fundo ao que achávamos perdido ...
Ser capaz de trazer isso para o momento presente e respirar tudo de novo. Quando o passado vem ao momento presente, nós assumimos papéis de adultos. E ao desempenhar o papel de adulto com a essência trazida pela criança, também vemos o quão falsas são as nossas regras e normas, como são fúteis e superficiais. Artefatos usados apenas para nos mantermos na ilusão de que temos as coisas sob controle que sabemos o que estamos a fazer e por que motivo. Que irónico!
O bonito de estar em contato com o nossa linha do tempo também é para nos lembrar que tudo o que fazemos, fazemos a nós mesmos, aos nossos "eus" futuros. Eu adoro a pergunta; "O que o meu futuro eu quer que eu faça agora?" Ou em linguagem minha, "O que é a minha velha eu, na minha cama da morte, pede de mim agora?". Quando as crianças me fazem lembrar o meu próprio futuro, expressas nas minhas esperanças e sonhos para elas, lembro-me ser de maior importância não lhes dizer, mas mostrar através de quem eu sou aqui agora. O que ela vai fazer com isso, é apenas para ela saber. O meu compromisso permanece com o meu futuro. O que eu quero ver na minha cama da morte? Ás vezes, vejo isso em sonhos.